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PROFESSOR HERBERT RIBEIRO
DESDE 2008
TEXTO1 : CAPACIDADES FÍSICAS
Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente classificadas em diversos tipos: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza).
Força: É a capacidade física que permite deslocar um objeto, o corpo de um parceiro ou o próprio corpo através da contração dos músculos.
Velocidade: É a capacidade física que permite realizar movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.
Agilidade: É a qualidade física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo possível. Conhecida como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a flexibilidade é importante.
Equilíbrio: É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.
Coordenação Motora (destreza): É a capacidade física que permite realizar uma sequência de exercícios de forma coordenada.Flexibilidade: É a capacidade física que permite executar movimentos com grande amplitude.
Resistência: É a capacidade física que permite efetuar um esforço durante um tempo considerável, suportando a fadiga dele resultante e recuperando com alguma rapidez.
Flexibilidade: É a capacidade física que permite executar movimentos com grande amplitude.
TEXTO 2 : Mídia e o culto à beleza do corpo
Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.
Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde.Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. – como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos.
Nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltados para o tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” (1987).

Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro.
Da mesma forma, podemos pensar em relação à televisão, que veicula imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas, peças publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais, compondo de maneiras diferentes diversos estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso.
Os programas de televisão, revistas e jornais têm dedicado espaços em suas programações cada vez maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando vender o que não está disponível nas prateleiras: sucesso e felicidade.
O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos principais para as vendas, desenvolvendo modelos de roupas estereotipados, a indústria de cosméticos lançando a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminar as “formas indesejáveis” do corpo e a indústria farmacêutica faturando alto com medicamentos que inibem o apetite.
Preocupados com a busca desenfreada da “beleza perfeita” e pela vaidade excessiva, sob influência dos mais variados meios de comunicação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apresenta uma estimativa de que cerca de 130 mil crianças e adolescentes submeteram-se no ano de 2009 a operações plásticas.
Evidentemente que a existência de cuidados com o corpo não é exclusividade das sociedades contemporâneas e que devemos ter uma especial atenção para uma boa saúde. No entanto, os cuidados com o corpo não devem ser de forma tão intensa e ditatorial como se tem apresentado nas últimas décadas. Devemos sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós a mesmos.
TEXTO PARA O SIMULADO : O culto do corpo - muito além da estética
O exercício, mais do que nunca, está na ordem do dia. Todo mundo quer, agora, entrar em forma custe o que custar.
O exercício, mais do que nunca, está na ordem do dia. Todo mundo quer, agora, entrar em forma custe o que custar. As academias estão sempre cheias, com computadores programados para definir os músculos rapidamente. O problema é que a maioria não se preocupa em fazer uma rigorosa avaliação clínica e funcional dos alunos.
A malhação indiscriminada, além de ineficaz, pode causar graves danos à saúde. Exercícios bem orientados melhoram o condicionamento, trabalham o corpo e ajudam na recuperação de problemas musculares e neurológicos. Mas qualquer atividade física, individual ou coletiva só traz benefícios se se levar em conta o ritmo e a resposta de cada pessoa ao trabalho corporal.
Se por um lado o modismo da ginástica estimulou o saudável hábito de exercitar o corpo; por outro, trouxe a obsessão de entrar em forma a qualquer preço. Em nome da estética, muitos excessos são cometidos. Existem muitos conceitos errados sobre exercícios, a começar pela nomenclatura. Por exemplo, a ginástica da moda, a aeróbica. O nome correto, conforme ensinam os livros de biologia, é aeróbia.
Mas a função básica de atividades físicas como a aeróbia é melhorar a capacidade dos sistemas circulatório e respiratório, tonificando os músculos e aumentando o rendimento do metabolismo energético do organismo. Para obter resultados, deve-se estabelecer as freqüências cardíacas individuais básica e máxima, esta última medida em testes ergométricos (bicicleta ou esteira) por médicos desportivos. As respostas orgânicas serão obtidas com tempo mínimo de atividades físicas (correr, marchar, andar de bicicleta, nadar, ginástica), de 20 a 50 minutos, dependendo da intensidade da freqüência cardíaca, que deve variar entre 80% e 90%, da freqüência máxima.
É muito importante, antes de iniciar qualquer atividade física regular, fazer um exame médico completo, de preferência, realizado por um médico de desporto. Além disso, para quem já passou dos 35 anos, geralmente se pede uma ergometria. Epara mulheres que se aproximam da menopausa, uma densiometria, para avaliar a densidade óssea e controlar a evolução da osteoporose (diminuição do tecido ósseo). O exercício muscular, com intensidade adequada, ajuda na prevenção da osteoporose.
Depois dos exames médicos, deve-se realizar ainda uma avaliação funcional. O ideal é submeter a pessoa a uma bateria de testes de pista e campo, incluindo a verificação do equilíbrio, coordenação e potência muscular, conhecidos como teste de força. Além de testes abdominais específicos, já que o abdome é uma das regiões importantes para a manutenção da saúde. Desse modo, pode-se obter um diagnóstico de idoneidade física, isto é, um perfil de aptidão física e individual, a partir do qual cria-se um programa específico, de acordo com os objetivos. Ao elaborar esse programa, além das condições físicas, tem-se que levar em conta as características individuais, como peso, estatura, idade e sexo.
Outro ponto que merece muita atenção: toda sessão de ginástica deve ter três etapas, começando pelo aquecimento seguido da aula praticamente dita terminando com o arrefecimento, ou seja, o desaquecimento, volta à calma.
Não se pode deixar também de considerar as limitações da saúde. O step, por exemplo, está simplesmente proibido para quem tem problemas articulares, pressão alta e obesidade por exigir grande esforço, com risco de provocar uma crise hipertensiva ou sobrecarregar as articulações. Quem sofre de reumatismo e artrose deve se exercitar dentro da água para evitar sobrecarga nas articulações. A hidroginástica é indicada também para pessoas com distúrbios vasculares, para idosos, gestantes e os que precisam recuperar os movimentos, como hemiplégicos e paraplégicos. Isso porque a água diminui o peso corporal, tornando o exercício mais fácil.
Ocorre que, muitas vezes, os alunos se exercitam com água apenas pela cintura. Quando isso acontece, a vantagem de tornar o exercício mais suave deixa de existir. Isto não é hidroginástica, mas, sim, ginástica molhada. A hidro também produz bons resultados para atletas. Basta aumentar a resistência da água, empurrando-a, por exemplo, com palmilhas, o que torna o exercício muito intenso. A ginástica também é indicada para quem sofre de osteoporose.
Já os exercícios com peso, ao contrário do que muita gente pensa, são melhores que os exercícios em máquinas conjugadas. Até mesmo pessoas com mais idade podem fazer musculação, desde que os exercícios e as cargas sejam adequados (pesos mais leves e ritmo mais suave), e a atividade seja executada sob supervisão técnica.
O fato é que a atividade física é imprescindível para a recuperação dos movimentos em pacientes com doenças neurológicas, principalmente em casos de hemiplegia (paralisia de um dos lados do corpo, em conseqüência de Acidente Vascular cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico, e de monoparalisia (diminuição da força do movimento em um só membro). Os exercícios, com aparelhos ou não, visam melhorar a coordenação neuromuscular.
No caso de hemiplegia, recomenda-se andar à beira d’água. Quando há perda de movimento e o paciente não consegue levantar o braço, por exemplo, a hidroginástica funciona bem, mas a pessoa que precisa recuperar ou aumentar a força muscular deve fazer exercícios com pesos.
Quanto mais cedo o paciente começar a se exercitar, melhor e mais rápida será a recuperação dos movimentos.